ALBA: Moradias Exclusivas que Preservam a Identidade de Marvila
Localizado em Marvila, um bairro em plena transformação, o ALBA equilibra o passado industrial com uma visão contemporânea de habitação. Transformando um antigo armazém num conjunto exclusivo de cinco moradias de assinatura, este projeto distingue-se pela arquitetura depurada, materiais cuidadosamente selecionados e uma abordagem colaborativa que uniu promotores, fiscalização e construtores numa visão partilhada de qualidade e inovação.
Para compreender as várias dimensões deste empreendimento, entrevistámos Stanislas de Maistre (LFV des Vosges) e Roman Ribemon (Ribemon Partners), promotores responsáveis pelo conceito visionário, Rui Hipólito (GesConsult), que garantiu a fiscalização do projeto, Eng. Paulo Gaudêncio, Gestor de Negócio da Detailsmind, e Eng. João Gonçalves, Diretor da Obra, que materializou esta ambiciosa transformação.
Através destas conversas, exploramos as motivações para a escolha de Marvila, os desafios de preservar elementos históricos enquanto se criavam soluções modernas e sustentáveis, e a dinâmica de colaboração que resultou num projeto exemplar de reabilitação urbana em Lisboa.
Visão, Estratégia e Impacto Urbano: a Redefinir Marvila
Entrevista com Stanislas de Maistre e Roman Ribemon – LFV des Volges & Ribemon Partners
A LFV des Vosges e a Ribemon Partners, lideradas por Stanislas de Maistre e Roman Ribemon, combinam desenvolvimento imobiliário e regeneração urbana. No ALBA, reinterpretaram o património industrial, integrando-o numa abordagem contemporânea de habitação. Mais do que um projeto residencial, o ALBA contribui para a dinâmica de transformação de Marvila, respeitando a sua identidade arquitetónica. Nesta entrevista, os promotores partilham a visão, os desafios e as oportunidades desta evolução.

O que motivou a criação do ALBA em Marvila e por que este bairro foi escolhido para o projeto?
SdM: Ficámos impressionados com o carácter arquitetónico de Marvila e Beato. Os volumes altos, os armazéns e as antigas fábricas que pontuavam as áreas eram um grande contraste com os edifícios tradicionais, cobertos de azulejos, no centro da cidade. Também notámos que o bairro se tinha tornado popular entre os jovens criativos da cidade, com muitos artistas, designers e empresários a virem para aqui lançar os seus projetos. Esta combinação de arquitetura industrial fez-nos sentir que podíamos oferecer às pessoas algo único em comparação com outros projetos residenciais no mercado, sem deixar de viver num bairro vibrante com algum encanto por descobrir.
Quais foram os principais objetivos do projeto em termos de qualidade de vida e integração na comunidade local?
SdM: Os elementos clássicos do património industrial e criativo de Marvila conduziram todo o processo de design. Desde o início, sabíamos que queríamos que o resultado final continuasse a fazer parte da área, preservando os elementos arquitetónicos com um design único, minimal e moderno. A fachada do ALBA, tal como a vê hoje, continua a integrar-se na sua envolvente e está convenientemente localizada para que possa desfrutar das comodidades locais e interagir com os residentes locais.
Como o ALBA se posiciona no mercado imobiliário de Lisboa, considerando a crescente procura por habitação exclusiva?
SdM : O ALBA irá agradar aos compradores que procuram uma moradia única e uma ligação ao património industrial menos conhecido de Lisboa. Penso que o projeto está bem posicionado no mercado de Marvila, oferecendo uma opção distinta para os interessados em habitação exclusiva que integre comodidades modernas com charme histórico.
Qual o público-alvo do ALBA, existe um foco específico em residentes locais, estrangeiros ou investidores?
SdM: Concebemo-lo para famílias e pessoas que procuram algo original, algo que vá além de um condomínio típico, que possa oferecer mais espaço e uma sensação de independência, sem deixar de desfrutar da sensação de viver numa zona local. Temos tido muito interesse por parte dos portugueses, cerca de 50% das nossas visitas são de famílias portuguesas e as restantes são de diferentes países. No geral, o cliente-alvo é alguém curioso por viver num local diferente, num estilo diferente que vai contra a casa convencional e a localização do centro de Lisboa.
Podem partilhar parte da estratégia para equilibrar um projeto de luxo com as características do ALBA no contexto cultural e sócio-económico da zona de implementação?
SdM: Queríamos oferecer um luxo acessível que equilibrasse o design elevado do projeto com a autenticidade da área. Realizámos uma pesquisa de mercado aprofundada para compreender a identidade cultural da área, os ativos históricos e o potencial de crescimento e decidimos posicionar o projeto como uma mistura de luxo moderno com autenticidade local, enfatizando o seu alinhamento com as caraterísticas únicas do bairro. Percebemos também que havia compradores que valorizavam este sentido de exclusividade e vantagem cultural, tais como investidores internacionais, emigrantes e jovens profissionais locais, que tinham dificuldade em encontrar propriedades distintas em Lisboa. Também diferenciamos o projeto através de um design excecional, combinando o património industrial com o luxo mínimo para criar uma propriedade única. Os acabamentos de alta qualidade e os layouts inovadores apelarão aos compradores mais exigentes, o que ajuda a manter um posicionamento de luxo no mercado.
De que forma o ALBA contribui para a revitalização de Marvila e para reforçar a sua identidade enquanto polo dinâmico e criativo?
RR : Marvila foi historicamente um bairro muito industrial, especialmente a zona ribeirinha onde se situa Alba. Nos últimos anos, muitos desses armazéns e edifícios foram abandonados e deixados ao desgaste do tempo. Ao nosso nível, estamos a participar na reconstrução desta zona. Identificamos a maioria dos nossos clientes provenientes da indústria criativa, comunicação, cinema, arquitetura, artistas e designers, que são atraídos por Marvila porque já é um ninho de estúdios, galerias de arte e encontram aí um ambiente estimulante e único.

A reabilitação urbana é um tema de grande relevância na cidade de Lisboa. Como o ALBA se alinha às necessidades de regeneração da zona de Marvila?
RR: Num período em que o défice habitacional é significativo e conduz frequentemente a um aumento dos preços do imobiliário, é importante dar uma nova vida a estes lugares vagos e poder oferecer continuamente mais espaços residenciais. Marvila foi negligenciada no passado, apesar de oferecer muitas vantagens e muitos espaços industriais ideais para serem trabalhados pelos promotores. Houve outras considerações que tivemos em mente ao lançar o ALBA para contribuir intencionalmente para o bairro. Ao limitar o projeto a cinco moradias geminadas únicas, pudemos ajudar a evitar o desenvolvimento excessivo, assegurando que se mistura harmoniosamente com o bairro existente e atraindo investimento. A transformação do que anteriormente era um espaço subutilizado em residências de alta qualidade também demonstra o potencial para que outros desenvolvimentos únicos sigam o exemplo, inspirando uma maior revitalização em Marvila.
Qual foi o papel da equipa de construção e engenharia na concretização de um projeto tão exigente e detalhado como este?
RR: Penso que não foi um projeto fácil. Toda a equipa de arquitectos, engenheiros e designers se empenhou profundamente na definição deste projeto, tanto na parte arquitetónica e técnica como na definição dos próprios materiais e acabamentos e até na linguagem utilizada no marketing e no storytelling. Precisávamos de um parceiro e empreiteiro capaz de responder a todos estes requisitos, respeitando a qualidade esperada e os vários desafios técnicos. Agora, depois de concluída a construção, podemos dizer que a Detailsmind correspondeu acima das nossas expectativas.
Quais foram os maiores desafios enfrentados no desenvolvimento deste projeto, e como foram ultrapassados?
RR: Penso que o nosso ramo de atividade é feito de desafios a ultrapassar, mas o mais notório nos últimos anos consecutivos de pandemia e marcados também pelo início da invasão na Ucrânia, tem sido sem dúvida os aumentos significativos dos custos de construção e a relutância dos bancos em apoiar novos empreendimentos, agravada por um aumento acentuado das taxas de empréstimo. Não há muitas soluções para compensar este facto, apenas aceitar investir mais capital próprio e reduzir a nossa margem.
O ALBA marca o início de novos projetos futuros nesta localização?
RR: Também lançámos outro projeto nas proximidades, chamado “ATELIER”, e estamos continuamente à procura de novas oportunidades em Marvila, uma vez que somos fãs e acreditamos firmemente neste bairro criativo e no seu futuro brilhante.
Execução Técnica e Precisão: O Papel da Detailsmind no ALBA
Entrevista com o Eng. Paulo Gaudêncio e o Eng. João Gonçalves
A Detailsmind, representada por Paulo Gaudêncio e João Gonçalves, assegurou a execução do ALBA, garantindo qualidade e rigor técnico. Especializada na gestão e construção de projetos exigentes, a empresa coordenou todas as fases da obra, conciliando design e engenharia. Nesta conversa, analisamos os desafios da reabilitação, a preservação de elementos históricos e a importância da colaboração no sucesso do projeto.

Qual foi o papel da Detailsmind na concretização do projeto ALBA? Como descreveria a vossa contribuição para transformar um antigo armazém em moradias de luxo?
JG – O papel da Detailsmind no projeto ALBA foi essencial para garantir a execução de uma visão ambiciosa e detalhada. Enquanto empreiteiro, assumimos a responsabilidade de transformar o antigo armazém num empreendimento de 5 moradias de luxo, respeitando os elevados padrões de qualidade definidos pelo cliente e projetista. A nossa contribuição destacou-se na capacidade de ler e interpretar o projeto, desde a análise dos desenhos técnicos até à execução das soluções propostas. A Detailsmind trabalhou em colaboração com todos os intervenientes, garantindo uma coordenação eficiente das equipas e fornecedores para dar vida a um espaço moderno, sofisticado e funcional. A abordagem da Detailsmind, garantiu que a conversão de um armazém resultasse em residências modernas e elegantes, preservando a fachada original do edifício.
Que estratégias foram adotadas pela equipa da Detailsmind para respeitar o design arquitetónico, garantindo simultaneamente os mais elevados padrões de engenharia e construção?
PG – A Detailsmind tentou cumprir ao máximo com as definições do design arquitetónico, tendo em diversas situações – e dada a experiência dos vários elementos da equipa -, estudado e apresentado soluções técnicas alternativas, mantendo a ideia original de projeto, para que pudessem ser corretamente executadas.
JG – Adotámos uma abordagem integrada para garantir a harmonia entre o design arquitetónico e os mais elevados padrões de engenharia e construção. Desde o início, trabalhámos em estreita colaboração com a equipa projetista, fiscalização e promotor, antecipando problemas e propondo soluções atempadamente, de forma a assegurar que cada decisão respeitasse a visão arquitetónica original. Realizámos uma análise rigorosa dos desenhos e especificações, transformando-os em peças técnicas claras e detalhadas para garantir uma execução precisa no terreno. Implementámos um sistema de controlo de qualidade em todas as etapas do projeto, assegurando que as soluções técnicas estivessem alinhadas com as exigências do mesmo. Sempre que surgiram desafios técnicos, apresentámos soluções alternativas que respeitassem o conceito arquitetónico e os objetivos definidos.
A colaboração com o gabinete de arquitetura e a fiscalização foi crucial neste projeto. Como funcionou essa dinâmica e quais foram os principais momentos de interação?
PG – É fundamental para a obtenção de um bom resultado uma colaboração próxima entre empreiteiro, fiscalização e gabinetes de projeto. Neste projeto essa colaboração foi conseguida, estando à vista o resultado do empreendimento. Esta é uma regra que tentamos manter em todos os projetos (embora nem sempre seja possível). Manter um relacionamento e contacto próximo, cordial, acima de tudo profissional, para que os projetos decorram bem do princípio ao fim. Uma obra concluída é o resultado do trabalho em Equipa.
JG – Desde o início, estabelecemos uma dinâmica de comunicação aberta e constante, com reuniões semanais. A troca contínua de informações foi crucial para garantir que os elevados padrões de qualidade fossem cumpridos. Houve momentos em que surgiram desafios inesperados em obra, devido às características do antigo armazém, tendo sido necessária a reformulação do projeto de arranjos exteriores e analise detalhada do estado da fachada existente. Nessas ocasiões, a colaboração direta com o gabinete de projeto e a fiscalização permitiu desenvolver soluções rápidas e eficientes.
O ALBA reabilita um edifício com grande carga histórica. Que desafios específicos enfrentaram na transformação do armazém em moradias privadas?
JG – Nesta transformação do armazém, um dos principais desafios foi a manutenção da fachada, tendo todo o interior sido reconstruído. A execução de aberturas novas para portas e armários foi feita com recurso a equipamentos de demolição controlada. O revestimento da fachada com argamassas compatíveis com o tipo de construção da parede também se revelou desafiante.
Quais foram os principais materiais e técnicas utilizados pela Detailsmind para equilibrar modernidade e sustentabilidade na construção?
JG – A execução de vigas e pilares metálicos que recebe uma caixilharia feita em aço com corte térmico. Conferem robustez e modernidade às moradias e, acompanhadas por revestimentos à base de cal, tornam os edifícios mais respiráveis e sustentáveis.

Sabemos que a sustentabilidade é cada vez mais importante em projetos de reabilitação. Que soluções sustentáveis foram implementadas pela Detailsmind na construção do ALBA?
JG -A sustentabilidade foi uma prioridade na reabilitação do projeto ALBA, e a Detailsmind implementou diversas soluções para garantir um equilíbrio entre eficiência, responsabilidade ambiental e conforto. Implementámos soluções que otimizam o desempenho energético das moradias, como a execução de rebocos térmicos com incorporação de cortiça e com acabamento à base de cal, que se tornam mais sustentáveis. As moradias foram projetadas para tirar partido da luz natural, minimizar o uso de energia artificial e aproveitar a ventilação cruzada, contribuindo para um ambiente interno confortável e mais sustentável.
A reabilitação urbana é essencial para Lisboa, especialmente em áreas como Marvila. Qual foi o impacto do trabalho da Detailsmind na regeneração deste bairro?
JG – A reabilitação urbana é uma oportunidade para revitalizar áreas históricas como Marvila, e a Detailsmind orgulha-se de ter contribuído para a regeneração deste bairro através do projeto ALBA.
Transformámos um antigo armazém num conjunto de moradias de luxo, integrando-o num imóvel contemporâneo. Este equilíbrio entre passado e futuro trouxe uma nova identidade ao local.
O projeto irá atrair novos residentes e certamente contribuirá para dinamizar a economia local, reforçando Marvila como uma zona cada vez mais urbana.
A qualidade do trabalho da equipa da Detailsmind foi determinante para o sucesso do ALBA. Pode destacar algum momento ou etapa da obra que tenha sido particularmente desafiante ou gratificante para a equipa?
JG – A colocação dos pilares e vigas metálicos, quer na fachada quer na zona do saguão, que definem a identidade do edifício. Foi o ponto chave que permitiu a término da fase de execução da estrutura do edifício para iniciar uma fase de acabamentos.
Fiscalização e Qualidade: Garantir a Visão do ALBA
Entrevista com Rui Hipólito – GesConsult
A GesConsult, através de Rui Hipólito, assegurou a fiscalização do ALBA, garantindo o cumprimento dos padrões de qualidade, orçamento e prazos. O controlo rigoroso foi essencial para preservar a integridade do projeto e responder aos desafios da reabilitação. Nesta entrevista, Hipólito partilha a sua visão sobre a coordenação entre equipas, a gestão técnica da obra e a dinâmica de colaboração com empreiteiro e arquitetos.
Qual foi o papel principal da fiscalização na concretização do projeto ALBA?
RH – A GesConsult desenvolveu a sua ação no ALBA com base em três pilares principais: Controlo de Qualidade, Controlo Económico e Controlo de Prazos. Seja através da garantia de que os pressupostos de projetos são cumpridos e executados de acordo com as boas práticas da arte, seja pelo controlo de que são executados dentro do orçamento e no prazo acordados. Neste enquadramento, assumimos sempre um papel construtivo na gestão de cada tema em discussão e no diálogo com todas as partes envolvidas, i.e., Detailsmind, Projetistas e Cliente. Diria que na globalidade o ALBA decorreu dentro de um espírito colaborativo e com foco na qualidade do produto final.
Existiram desafios específicos na gestão da qualidade, orçamento ou prazos durante a reabilitação do antigo armazém?
RH – Da experiência que temos tido, até ao momento, nos diversos projetos em que estamos envolvidos, o maior desafio está, maioritariamente, em garantir que cada projeto é concluído dentro do orçamento e no prazo previsto. No ALBA não foi exceção, destacando também o caso específico do revestimento de paredes e tetos, pela sua elevada exigência no acabamento, como o maior desafio em termos de controlo e garantia do cumprimento dos padrões definidos e do resultado final esperado.
Como foi assegurada a utilização de materiais de qualidade e a execução de obra para garantir que o projeto cumprisse as diretrizes iniciais de design e sustentabilidade?
RH – Esta foi, sem dúvida, uma preocupação constante ao longo do projeto, ou seja, garantir o cumprimento dos pressupostos do projeto. Seja pela verificação e aprovação de todos os materiais e equipamentos aplicados/instalados, seja no acompanhamento dos trabalhos, por forma a garantir que as prescrições de projeto estavam a ser cumpridas, como foi, por exemplo, o caso do revestimento das paredes de fachada que foi alvo de um estudo específico.

Como avalia a colaboração entre a fiscalização, a equipa de construção e o gabinete de arquitetura, para garantir o cumprimento dos objetivos do projeto?
RH – Considero que durante todo o processo houve sempre uma relação construtiva de diálogo entre todas as equipas envolvidas. Num projeto desta dimensão e natureza existem sempre imprevistos que surgem e considero que o diálogo é a chave para que os mesmos sejam ultrapassados, num compromisso que favoreça todas as equipas envolvidas e, principalmente, o produto final a entregar ao cliente.
Como foi a interação entre a fiscalização, o promotor e o gabinete de arquitetura ao longo do processo?
RH -Ao longo de todo o projecto do ALBA tivemos sempre o promotor bastante presente e interessado em acompanhar os trabalhos e os temas em discussão a cada momento. Considero, aliás, que esta relação de disponibilidade e proximidade com o projeto, que foi igualmente extensível à equipa de arquitetura, acabou por facilitar o nosso papel, dada a constate interação com ambos para esclarecimento de temas e tomadas de decisão.
Existiram adaptações ao projeto inicial durante a obra? Quais foram as razões para essas mudanças?
RH -Fazendo uma retrospetiva, a conclusão a que chego é que existiram poucas, o que aparentemente é um bom sinal, pois é sinal que o resultado final está em linha com o que seria de esperar, o que se comprova quando se visita o ALBA e se compara com as imagens tridimensionais geradas inicialmente.